Fotos do jornalista e escritor Jeremias Macário

É meus amigos, se a situação já estava feia para os mais de 13 milhões de desempregados e subutilizados no mercado de trabalho, piorou mais ainda com a chegada da Covid-19 no início do ano passado, e ainda mais agressiva depois de um ano, em razão de diversos fatores, desde um governo genocida até a própria população que não tem senso de coletividade e parte para as aglomerações suicidas. Para sobreviver a esse caos, por falta de estratégia do poder público central, todos se viram como podem, vendendo seus produtos no comércio informal de ambulantes. As ruas e avenidas das capitais e grandes cidades do nosso Brasil estão superlotadas de ambulantes tentando fazer uns trocados para apaziguar a fome. Vitória da Conquista não é exceção. Em todos os lugares, nas portas dos bancos, nas calçadas, em frente dos supermercados, praças e lojas, lá estão eles oferecendo suas mercadorias, como frutas, doces, bombons, chaveiros, artesanatos, bijuterias e outras tantas bugigangas. É claro que deixam a cidade com a cara mais feia, mas fazer o quê diante de tanta pobreza e aprofundamento das desigualdades sociais? A crise só tende a se agravar, e não adianta querer ser otimista porque a realidade está ai bem escancarada. Dias melhores e esperança não caem do céu de graça. O povo tem que se levantar e se indignar com esse quadro tão degradante, para que as coisas mudem. Nada se consegue sem sacrifício e sofrimento, a não ser para eles que se especializaram em roubar a dignidade da população brasileira com suas canalhices, malandragens e ladroagens.