EM QUE PAÍS NÓS ESTAMOS? O CONSELHO DE ÉTICA (DESATIVADO) CONTRA O DEPUTADO DITADOR É UMA FORMA DE TENTAR ENCOBIR O CORPORATIVISMO DA CÂMARA. NÃO VAI DAR EM NADA. UMA VERGONHA NESSA REPÚBLICA DE BANANAS!

A enfermeira faz de conta que aplica a vacina nos velhinhos e desvia as doses; o capitão-presidente está mais preocupado em colocar mais armas nas mãos dos brasileiros, mesmo diante de um quadro aterrador de mais de 240 mil mortes vítimas da pandemia da Covid-19; na onda de mais um pico violento do vírus, os “suicidas” kamikazes das aglomerações entram no embalo das festas clandestinas de carnaval; e um deputado extremista nazista prega o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com apologia à decretação de uma réplica do AI-5 no Brasil.

Diante desse quadro de terror, o poeta condoreiro, se vivo fosse, indagaria, oh Senhor Deus, em que país nos estamos? Quanta heresia entre os céus e a terra! Quanta desgraça está caiando sobre nós, perdidos como num mato sem cachorro, sem um planejamento central de combate à pandemia, sem o auxílio emergencial para matar a fome de milhões e com um governo que tudo tem feito para que não haja vacina para o povo! Ele representa a própria morte!

CRIME COM REQUINTE DE CRUELDADE

O ser humano, vez por outra, sempre está retratando seus instintos mais primitivos e perversos contra o seu semelhante, sem nenhum remorso de consciência quando coloca a cabeça no travesseiro para dormir. Demorei a acreditar numa imagem onde uma enfermeira injeta uma seringa no braço de um velhinho de mais de 80 anos sem a dose da vacina contra o coronavírus. Todo alegre e emocionado ele retorna para casa com seus parentes bem mais aliviado.

Tudo leva a crer que o ato não se trata de engano, erro ou equívoco. A cultura da corrupção em nosso país aponta para o desvio de vacinas para a venda, ou para outra pessoa parente e amiga. Para esse caso, alguém fala em punir com a cassação do diploma profissional, ou uma simples exoneração do cargo. Isso no Brasil nem vai acontecer, mas fosse no Oriente ou na Ásia, essa pessoa seria imediatamente fuzilada, pois trata-se de um crime com requinte de crueldade.

Como se não bastassem os fura-filas safados e covardes, mais essa que é de cortar o coração. Vá que um desses idosos recém “vacinados” de mentira venha a óbito. É um prato feito para os negacionistas da ciência e defensores da cloroquina (o Brasil está cheio deles) condenar a vacinação e abrir suas páginas de fake news com suas canalhices. Pior ainda se a vacina for procedente da China”. Quem assim age deve ser considerado como assassino e merece, pelo menos, prisão perpétua. A impunidade em nosso país abre espaço para esses psicopatas seguidores da morte e disseminadores do ódio.

UMA INGENUIDADE!

As sociedades científicas, as organizações médicas, as prefeituras e outras instituições têm feito críticas veladas contra o governo federal pela falta de planejamento no processo de compra de vacinas, e a consequente escassez do medicamento. Chegam a pedir a saída do general do Ministério da Saúde.

Sinceramente, acho até uma certa ingenuidade nos comentários. Será que essas entidades ainda não entenderam que o cara de Brasília não quer vacinar a população? Ainda não caiu a ficha? Ele mesmo já deixou isso claro em seus pronunciamentos, dizendo que não vai se vacinar, uma forma de desestímulo. Por outro lado, desde o meado do ano passado, ele vem emperrando as negociações com os laboratórios, com desculpas esfarrapadas.

Outra atitude ingênua é pedir a cabeça do ministro intendente da Saúde, quando o recado deveria ser diretamente dirigido ao chefe que, na verdade, é quem comanda na pasta. Ele pode até tirar o general e colocar outro militar, de patente mais inferior, como um coronel.

As forças armadas e boa parte da sociedade omissa, principalmente os políticos mercenários, têm suas grandes parcelas de culpa por tudo quanto vem ocorrendo de mal. Um dia a história vai nos colocar no banco dos réus. Não temos uma oposição. Temos uns canalhas ladrões que se venderam em troca de poder e absolvição de seus roubos com o fim da Lava-Jato.

 Não sabemos até onde esse genocídio vai parar, sobretudo dos mais pobres e miseráveis. Por intermédio da Covid, estão fazendo uma seleção da raça, exterminando os mais fracos. Primeiro o horror foi em Manaus, e agora outros estados, a exemplo da nossa Bahia, onde a matança pode se repetir.

O Bozó está mais interessado é em vender armas e cloroquina para matar mais gente. Em dois anos, ele conseguiu destruir o nosso país, e não se sabe o que vem mais por aí se a besta fera não for dominada.

O Brasil é como um navio em deriva em alto mar, sem destino, sem rumo e sem porto, atravessando altas tempestades. Nada de terra à vista! O bozorista deputado Daniel Silveira, encarnação do nazifascismo, vai ser solto pelo corporativismo da Câmara em troca de um Conselho de Ética que nem existe e não atua. Os ataques à democracia e ao estado de direito vão continuar, com o silêncio do povo e dos generais do poder nesse governo. Estamos órfãos porque até a oposição foi comprada e está mais voltada para seus interesses.

OS SUICIDAS KAMIKAZES

Em plena pandemia em alta, no Brasil temos que conviver, diariamente, com os chamados suicidas kamikazes, ou terroristas suicidas que se aglomeram em baladas e festas clandestinas, como ocorreu agora nesse período do carnaval. Esses suicidas levam a morte para dentro de suas casas (pais e outros parentes) e para as ruas. São períodos cíclicos de festas, como do final de ano, carnaval e São João que colocam a Covid sempre na ativa, colocando a rede hospitalar em colapso.

A única maneira de conter esses brucutus é a força policial, porque o brasileiro, infelizmente, é desprovido de consciência coletiva e tem a cultura de só obedecer lei na base da repressão militar. Os governos estadual e municipal (o federal não funciona) têm suas parcelas de culpa quando decretam feriados nessas festas sob o argumento de manter o isolamento, quando ocorre o contrário,

Não dá para entender a lógica do recesso dos poderes, das estatais, bancos, prefeituras e outros órgãos nos dias de carnaval que, oficialmente, foi cancelado. Deu no que deu em muitas cidades e capitais onde os kamikazes caíram nos pancadões.

Pelo menos, o Governo da Bahia foi mais coerente neste quesito quando não deu ponto facultativo às repartições públicas. No entanto, deu a louca no Brasil! Cada faz suas próprias normas. Nesse ritmo, nada adianta ser otimista e evocar a esperança de dias melhores. Nessa toada estúpida, vem aí a próxima repercussão da doença do carnaval, e não vamos ter São João, e nem o próximo carnaval como a turma das lives do axé, na Bahia, estão prevendo.