Bem em frente, na porta do nosso Espaço Cultural a Estrada, onde há dez anos são realizados nossos saraus (interrompidos com a pandemia), uma espécie de pássaro (topete vermelho) fez um ninho majestoso e criou seus filhotes. Tivemos o cuidado de preservar a árvore (florida durante todo o ano) que já estava dificultando a abertura da porta. Discretamente sempre olhava, e fiquei a imaginar o quanto é imensa a sabedoria da natureza. O que mais me chamou a atenção foi a perfeição e o cuidado que o casal teve para montar a casa para seus filhotes. Só as aves conseguem essa perfeição, por mais que o ser humano seja um grande artista artesão. Lembrei do João-de-Barro, da coruja, da arara e de outras aves que constroem seus ninhos bem arquitetados e com toda perfeição. Acompanhei toda trajetória desses pássaros, desde a confecção do ninho, feito de fiapos de capim e outras plantas, até as horas que eles traziam alimentos nos bicos para seus filhos. Era uma alegria só! O mais encantador foi quando os pequenos ganharam as asas da liberdade e voaram pela primeira, tornando-se independentes. Só as aves conseguem essa proeza. Sempre eles retornam para visitar o ninho.