Poema de autoria do jornalista e escritor Jeremias Macário

Sou como a poeira do tempo,

Empurrada por essa ventania,

Da infinita galáxia viajante,

Como ente estrela cadente,

Bem distante dessa filosofia,

Que nos engasga de asfixia.

 

Histeria, exagero, psicopatia,

Gripezinha de marica brasileiro,

Quem morre cedo dá bobeira,

E daí, não sou nenhum coveiro,

Se dane sua besta, vire caveira,

Agride, não vacine de Covid.

 

Meu peito está cheio de bronca,

Tem a dor do verso e do amor,

Encrenca de um ser navegante,

De ameríndio dessa mata gigante,

Caldeirão de negro e de eurasiano,

Como sangue quente de um cigano.

 

Não tenho mais crença nessa gente,

De carona na histeria do corona,

Como patética mente inconsequente,

Que copulou com o espinho maldito,

Soltou saliva com seu infernal grito,

Como o genocida, louco alienígena,

Que quer acabar com a nação indígena.