OS BÁRBAROS!
As cenas que presenciamos nestas festas de final de ano, com aglomerações em baladas em diversos estados, principalmente na Bahia, são de bárbaros se infectando e levando a doença para familiares (pais, avós e parentes em situação de risco), amigos e outras pessoas que estão se resguardando e mantendo as recomendações médicas.
Sempre me posicionei contra qualquer tipo de violência policial, especialmente contra as classes mais desfavorecidas, mas nesse caso da pandemia, a ação para terminar os pancadões tem que ser bem mais enérgica, primeiro quebrando todo o palco e equipamentos e levando os responsáveis algemados.
NÃO TEM DIÁLOGOS
Para bárbaros que desobedecem as leis decretadas por governadores e juízes, não existe essa de diálogo porque se trata de vidas. Para essa gente, tem que usar a força bruta. Não precisa ser especialista na área de saúde para se saber que dentro de mais 10 ou 12 dias a contaminação pela Covid-19 vai se alastrar mais ainda.
Os hospitais já estão superlotados de doentes morrendo, e os médicos e enfermeiros sobrecarregados. Com a nova onda prevista de infestação, vai ter pessoas morrendo em casa e até nas ruas. Somado a tudo isso, em muitas cidades, como em Vitória da Conquista, o poder público não tem tomado nenhuma medida de restrição ao comércio.
Todos desejaram um Feliz Ano Novo, com muito tempero de otimismo de que dias melhores virão, mas não se pode ficar apenas nos desejos, quando temos uma grande parte da população que nem está aí, como diz um certo maluco presidente, que anda sem máscara e promove aglomerações. Não basta ter otimismo.
Pelo quadro macabro que se apresenta, pelo menos nesses primeiros meses do ano, vamos ter muita tormenta, sobretudo quando não se sabe quando o povo brasileiro começa a ser vacinado (o genocida só faz emperrar o processo). Já somos os últimos da fila no mundo a ser imunizado, e ficamos aí só acreditando que tudo vai mudar. Não assim cometendo barbaridades e desrespeitado os semelhantes.
Não consigo entender o meu país quando temos milhões de desempregados e outros milhões vivendo na linha da pobreza, se queixando de dificuldades financeiras, mas, quando se trata de viagens e festas, se consegue dinheiro para sair por aí curtindo à vontade. As estradas fervilharam de carros e os barcos e ferrys funcionaram superlotados, fazendo festas e se esbaldando.
Com tudo isso, só posso concluir que somos uma nação dos absurdos, das contradições, dos paradoxos, da ignorância, do individualismo, do egoísmo, da mentira e da desumanidade. Só posso entender que boa parte do nosso povo comete suicídio coletivo. Dentro do nosso próprio território, estamos sendo invadidos por bárbaros dos primeiros anos do cristianismo. Para quem sabe, a única coisa que resta é orar muito, e também para quem não sabe, faça do seu jeito.