No próximo dia 9, Vitória da Conquista estará completando 180 de emancipação política, marcando a instalação do Conselho Municipal, na hoje versão da Câmara Municipal de Vereadores. O seu presidente foi o primeiro intendente da cidade. Uma pena que poucos conquistenses aqui nascidos sabem da sua verdadeira história, suas origens, seu fundador e como nasceu a vila, que depois de 180 anos se tornou na terceira maior cidade da Bahia, com cerca de 350 mil habitantes. De um modo geral, os brasileiros pouco sabem da história do seu país, do seu estado e do seu município. A história do seu povo é a história da sua identidade, da sua cultura e costumes. O mestiço, ou negro português, João Gonçalves da Costa, é pouco lembrado pelos conquistense e, na maioria das vezes, só citado como matador sanguinário dos índios aimorés e mongóis, descendentes dos Pataxós-mocoxós.  Seu nome só foi colocado numa pequena praça, próxima da Prefeitura. Quase ninguém sabe localizá-la e desconhece sua existência. Na procura pelo ouro, Conquista nasceu agropastoril, com a criação do gado bovino e, muito tempo depois,  veio se destacar na agricultura, principalmente do café nos anos 70 e 80. Hoje, seu carro-chefe é o comércio, que se desenvolveu mais ainda com a implantação do ensino superior. Primeiro foi a universidade estadual do sudoeste da Bahia. A partir dos anos 2000, Conquista experimentou uma grande avanço através da universidades federal e com a chegadas de várias faculdades privadas. Infelizmente, seu crescimento não foi acompanhado pela demanda de projetos na área da infraestrutura. Portanto, a cidade hoje ainda é carente de grandes obras nos setores de mobilidade urbana e de abastecimento de água, com a prometida construção de uma barragem de porte que atenda as reais necessidades da população. É bom lembrar também que Conquista já foi a cidade dos coronéis e intendentes, que mandavam com mão de ferro, ou na base do fuzil. A foto antiga, reprodução do fotógrafo José Silva, da Praça 9 de Novembro, inclusive, foi palco de lutas e disputas entre os coronéis, mas também de alegria com os antigos carnavais.