DIZ O VELHO DITADO QUE “CACHORRO QUE LATE MUITO, NÃO MORDE”.

Não é necessário fazer pesquisas para constatar que a pandemia do coronavírus está matando as classes sociais daqueles que estão na linha da pobreza, os abaixo dela e os que vivem em estado de miséria. Sempre são os mais vulneráveis, a começar pela falta de educação e, consequentemente, desprovidos de poder aquisitivo.

A mídia praticamente não atentou para este lado e, desde o início, focou o alvo somente nos idosos, como se fossem os únicos vetores. Isso serviu para que jovens e adultos até os 50 anos abrissem a guarda, e agora estão sendo as maiores vítimas do vírus. Mesmo entre idosos e jovens, a grande maioria é de pobres que vivem nas periferias e favelas, em barracos apertados, sem condições de sobrevivência e cumprir com o isolamento social.

Sem educação, consciência política e social, essa categoria vive todo tempo exposta, em decorrência da situação financeira e porque não tem a cultura da higienização. Por outro lado, a maioria precisa sair de suas casas ou casebres para ganhar o pão de cada dia através da informalidade, como ambulantes ou outras atividades, como se diz na gíria, “se virar nos 30”, ou “fazer um bico”.

Aliás, como sempre venho comentando, as catástrofes, as tragédias, as enchentes, os deslizamentos de terras e outras pandemias sempre atingem os mais pobres, daí o Brasil, que aparece no mundo como um dos países com maior desigualdade social, ser hoje o quinto do planeta mais contaminado pelo coronavírus.

Esse é um fato histórico que vem se arrastando há séculos, e cada governo que passa é pior que o outro. O atual do capitão-presidente sofre de psicopatia contra a ciência e o conhecimento, chegando a alguns de seus membros defender a maluca tese medieval de que a terra é plana. Outros têm o DNA nazifascista, racista, homofóbico e misógino.

É uma mistura indigesta onde o pobre é quem mais padece, inclusive seguindo os comportamentos bárbaros, se bem que tem gente com outro nível mais alto que acompanha as proposições retrógradas, autoritárias e arcaicas. O Brasil de hoje é único no mundo nesse aspecto, sobretudo no momento atual no que concerne o tratamento contra esse vírus letal.

Os abonados têm suas clínicas e hospitais particulares com maior estrutura em termos de equipamentos de primeiro mundo, sem contar que vivem em suas casas de luxo e se alimentam bem. Vivem mais despreocupados psicologicamente, e isso fortalece a mente que, por sua vez, protege o corpo. O rico tem o organismo mais imunizado e possui mais anticorpos para enfrentar a doença. O pobre já tem a mente e o físico mais enfraquecidos e vulneráveis.