Foto e escultura do jornalista Jeremias Macário

Não sou escultor, mas um atrevido que procura retratar a vida, principalmente do nosso Nordeste, procurando mostrar suas belezas e também as mazelas de um povo sofrido e com sede de justiça social. Esta é a minha quarta escultura, se assim me permite denominá-la, feita de cipó, que vou aproveitando aqui no muro do outro lado do meu quintal. Resolvi chamá-la de “Sequidão” por representar o mandacaru sobrevivente da seca, como é a nossa mente inteligente que usa a fé e a ciência para continuar a viver. Minha intenção foi retratar o Nordeste que ora é verde, ora é cinzento. Uma é vida e a outra é sinal da morte nas lavouras, nas plantas e animais que têm que enfrentar a sequidão até as próximas águas molharem o chão.