Desde menino, quando vendia farinha com meu paia, a feira sempre me fascinou pelas suas cores e pelos bons papos que ouvia entre os compadres da roça e os doutores da cidade. Nela existe muita sabedoria popular, vendo as mulheres debulhar o feijão, o andu e os mais velhos a contarem os seus causos. Tem fuxico, tem verduras, carne, abóbora, limão, melancia, quiabo, cenoura e todo tipo de frutas e cereais. Não é como nos supermercados fechados cheios de pratilheiras onde não se pode pechinchar. Sempre quando posso lá estou eu na Feirinha do domingo, em Vitória da Conquista, registrando as belas imagens com a minha máquina, como esta. Na Feirinha sinto falta de um cantinho para se divulgar a cultura, com cantorias, declamações de poemas, contação de causos, apresentar  a literatura regional e seus autores,  e muita viola para bater as canções populares. Cadê a Secretaria da Cultura que ainda não criou este cantinho cultural para os artistas da terra mostrarem seus trabalhos? Vamos lá gente, montar este espaço!