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:: 22/jan/2020 . 23:45

NADA JUSTIFICA O FECHAMENTO DE UMA ESCOLA

De um lado a educação de qualidade sendo negada há anos pelos governantes que a colocam fora do conceito de investimento prioritário de uma nação. Do outro, a cultura sendo massacrada e vista como inimiga, e não como a identidade e manifestação livre de um povo, sem a interferência ideológica. Que futuro está reservado para um país nessas condições? É uma reflexão.

No momento atual estamos sendo atacados por mais um vírus mortal contra o conhecimento e o saber, que é o fechamento de escolas, tanto por setores de governos da direita, como da esquerda, principalmente, porque sempre pregou priorizar a educação. Mais um absurdo e uma agressão ao ensino, consentido por uma sociedade anestesiada e individualista que se silencia, ao invés de reagir e se indignar.

Diria, com toda convicção do meu espírito, que nada justifica o fechamento de uma escola, especialmente quando por trás de uma decisão arbitrária dessa natureza está o capitalismo financista de reduzir custos e até colocar o imóvel à venda, em detrimento do bem-estar de centenas e milhares de alunos, professores, funcionários e pais que querem ver seus filhos progredirem para sair da pobreza e da miséria.

QUE DIÁLOGO?

O fechamento de uma escola é como o Estado, através de uma instituição judicial, separar irmãos ainda crianças e distribuir cada um deles para famílias e orfanatos diferentes. No conceito psicológico, isso provoca um trauma, difícil de ser contornado, além de dificultar uma aprendizagem em andamento.

Assim estão fazendo governos municipal (casos em Conquista) e estadual (a escola de Jequié). O procedimento é fechar o estabelecimento de ensino e depois mandar os milhares de estudantes para outras escolas que já estão com excesso de turmas nas salas, muitas delas com 40, 50 e até 60 pessoas amontoadas num só lugar, prejudicando diretamente a evolução do ensino, sem contar a desagregação.

Esses governos deveriam ter o senso de que gente não é gado para ser emprensado, ou imprensado num curral, como “freio de arrumação” quando um motorista de ônibus pisa o pé quando o carro está superlotado. Não, eles não têm sensatez, têm é cinismo quando tentam dar justificativas fajutas, e ainda falam em diálogo com pais e estudantes.

Que diálogo, senhores governadores, se a decisão violenta já está tomada e, como sempre, não voltam atrás? Como tudo neste país de democracia mambembe e tupiniquim, as medidas são sempre unilaterais, isto é, dão a ordem e depois falam na mídia que estão abertos para conversar, só para saírem bem na fita. Conversar o quê? O único diálogo seria ouvir a comunidade e voltar atrás na posição de redução de despesas. Isso eles não fazem, nem a pau.

Quando o movimento contrário ao fechamento engrossa – a manifestação ainda é muito reduzida por causa do comodismo individualista da população, principalmente a interessada – aí eles (os governantes) mandam um batalhão de polícia armada encurralar os alunos e os país, e os tiram na base da força. Diante de todas essas arbitrariedades ainda têm o cinismo e a cara de pau de falar em diálogo. Portanto, nada justifica o fechamento de uma escola.

 

 





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