O trânsito nas médias e grandes cidades do nosso país tem ficado cada vez mais pesado e caótico, sendo conduzido por pessoas sobrecarregadas no corre-corre do dia, aumentando o número de acidentes, inclusive com vítimas fatais. Além do estresse, conta a falta de educação e individualismo onde não se respeita o outro. Na pressa, muitos motoristas comentem infrações de todo tipo, como estacionamento em local proibido, uso do celular ao volante, avanço dos sinais e dirigir sem o cinto de segurança.

Para fazer cumprir a lei, entram os agentes de trânsito para multar os infratores, e é nessa abordagem que esses profissionais sofrem ameaças verbais e até físicas, como vem acontecendo em Vitória da Conquista, que atualmente conta com mais de 140 mil veículos em circulação, além do fluxo de carros de outras cidades durante a semana. Para atender a todo este contingente, Conquista tem pouco mais de 80 agentes trabalhando, número este insignificante.

VIOLÊNCIA

Para relatar esta situação de violência, os agentes de trânsito estiveram ontem (dia 18/10) na sessão da Câmara de Vereadores, e o seu representante, Tiago Silveira Barros usou a Tribuna Livre para denunciar uma série de ameaças que os profissionais sofrem no dia a dia, e dizer que a cidade, de cerca de 350 mil habitantes, necessita de mais fiscais para atender a demanda.

Além de enumerar vários pontos reivindicatórios da classe, Tiago afirmou que muitos motoristas quando são abordados partem para a violência, não sabendo que eles, os agentes, estão simplesmente fazendo seu trabalho como qualquer outro profissional. No caso deles, fazer cumprir o código de trânsito, como determina a lei. Alegou que os colegas estão trabalhando sob pressão e pedem apoio do legislativo.

Ainda com relação aos problemas do trânsito em Conquista, o vereador Coriolano Moraes, do PT, em tom de revolta, denunciou as irregularidades do transporte coletivo, principalmente quanto ao uso clandestino de vans e aplicativos que atuam na cidade sem nenhuma regulamentação, prejudicando taxistas e empresas de ônibus que são obrigados a seguir as normas e pagar impostos e taxas para transportar passageiros.

De acordo com Coriolano, o prefeito está cometendo crime de prevaricação por não regulamentar o transporte alternativo em Conquista, que foi invadida por veículos clandestinos, os quais levam vantagem na concorrência com aqueles que cumprem suas obrigações e atuam dentro da lei. Disse que o quadro é caótico e precisa, com urgência, ser corrigido. Ele ameaçou entrar com um processo contra o poder público, para que se faça cumprir a lei.