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:: 28/maio/2019 . 22:47

LANÇAMENTO DE “ANDANÇAS” EM NOITE CULTURAL NA “REGIS PACHECO”

No próximo dia 14 de junho, a partir das 20 horas, vamos ter uma noite cultural com o lançamento do livro “ANDANÇAS”, a mais nova obra do jornalista e escritor Jeremias Macário que dessa vez mistura ficção com realidade, ao contrário do “Conquista Cassada” que foi um trabalho de pesquisa sobre a ditadura civil-militar em Vitória da Conquista, na Bahia e no Brasil e vai estar lá no evento.

Na ocasião, vai ocorrer também o lançamento do nosso “CD Sarau A Estrada” com cantorias de artistas da música, causos e declamações de poemas. Para completar, a artista plástica Elizabeth David vai abrilhantar mais ainda a noite com uma exposição de seus belos quadros. Portanto, vai ser uma noitada cultural com a apresentação de várias linguagens artísticas, na Casa Regis Pacheco, na Praça Tancredo Neves.

“Andanças”

Contos, causos, histórias e versos, “Andanças” é um livro que mistura ficção com realidade, ou, como queira, um fantástico realístico, mas que também contém pesquisas em temas específicos, romanceados e curiosos sobre a ditadura civil-militar de 1964, e na viagem título “Pelas Brenhas do Mundo” de um anônimo andarilho mochileiro das décadas de 60 e 70, os anos livres e revolucionários que mudaram hábitos, costumes e conceitos ultrapassados.

Sem a preocupação com estilo ou escola literária, o livro “Andanças”, de 368 páginas, formato de 16 cm por 23,5 cm, capa em quatro cores, ilustrações no miolo e arte final de Beto Veroneza, pode ser lido de trás pra frente, de qualquer ponto, sem sequência linear.  Tem também poemas, muitos dos quais já foram musicados por artistas locais, como Walter Lajes, Papalo Monteiro e Dorinho Chaves.

A obra do autor, que já escreveu “Terra Rasgada”, “A Imprensa e o Coronelismo no Sudoeste” e “Uma Conquista Cassada – Cerco e Fuzil na Cidade do Frio”, retrata cenas do Nordeste, do homem do campo, do retirante da seca, da coivara, do jeito matuto catingueiro;  e fala de amor, ódio, raiva, tempo, saudade, mulheres, erotismo, vida e morte.

Sobrou ainda espaço para a cultura da corrupção, da gatunagem e do levar vantagem em tudo. Nos versos rolam a imaginação, o fingimento, o olho visível no invisível e o foco no real e no irreal. Trata-se de uma publicação colaborativa (muitos amigos assinaram o “Livro de Ouro”, numa espécie de pré-venda), onde o leitor vai curtir e viajar na imaginação, sem regras. A obra nasceu da veia jornalística do autor e tem o tempero realístico e sentimental. De um modo sutil, é também um autorretrato da sua vida em alguns contos e causos.

Entre outros lançamentos, trabalhos, artigos, crônicas e comentários, “Andanças” é mais uma publicação que demandou dedicação e sacrifício, mas também contou com a ajuda de muitos amigos que alavancaram o trabalho literário.

“Conquista Cassada”

Sobre “Uma Conquista Cassada”, de 460 páginas, o livro  fala da ditadura civil-militar (1964-1985) em Vitória da Conquista dentro do contexto nacional do que foi o regime na Bahia e no Brasil com todas suas cenas de prisões, torturas, horrores, mortes e desaparecidos políticos, vítimas da brutalidade de uma época que não pode mais acontecer em nosso país.

O trabalho, que também estará presente no lançamento de “Andanças”, para possível aquisição do leitor, foi lançada há cinco anos pela editora da Assembleia Legislativa da Bahia, com apoio do deputado estadual Jean Fabrício.  A pesquisa é de fundamental importância histórica para jovens estudantes, professores, interessados e estudiosos do assunto, para que tomem consciência dos fatos que ocorreram no período tenebroso onde a liberdade foi substituída pela repressão.

Conheça de perto como se deu a ditadura em Vitória da Conquista com relatos inéditos que nenhum outro livro já contou. Na verdade, “Uma Conquista Cassada” são seis livros em um que também faz tributo à década de 60 quando o novo tomou o lugar do velho com novas ideias que revolucionaram o mundo.

 

MANIFESTAÇÕES E REFORMA TRABALHISTA

O fundo do poço do Brasil deve ser no fim do mundo, lá do outro lado do Japão, porque é uma crise interminável, sem recomeço de recuperação. Dizem que depois da tempestade vem a bonança, mas desde 2014 vivemos em plena tormenta. É um mar agitado, sem calmaria, e o navio continua à deriva. O quadro se apresenta como recomeço de tudo entre os chamados “coxinhas amarelos” contra os “mortadelas”. Foi uma manifestação inusitada.

Os protestos contra os cortes na educação, com a participação, principalmente, de professores e estudantes, foram violentamente agredidos pelo capitão Bozó como de massa de manobra e turma de inocentes úteis (termo da esquerda em referência à direita). Agora ele considera que as manifestações dos “amarelinhos” foram atos conscientes dos brasileiros que querem as reformas e um Brasil melhor.

Para contrariar, os camisas amarelas da seleção de futebol saíram às ruas para apoiar o capitão-presidente, defender a reforma da previdência e o pacote anticorrupção de Sérgio Moro (sem prestígio). Nada falaram dos decretos que colocam armas nas mãos dos brasileiros, que destroem o meio ambiente, que liberam a caça ao caçador, sem falar na pretensão de transformar o paraíso de Angra dos Reis numa Cancun mexicana.

Saímos das trapalhadas de Dilma e caímos nas mãos do Mordomo de Drácula, que já foi preso duas vezes, e agora estamos sendo comandados por um incompetente e despreparado ainda pior. Seis meses e nada mudou, mesmo com a melhor arrecadação de impostos nos últimos cinco anos. O governo corta verbas de quem precisa, retira remédios e aposentadorias.

O interesse tem sido liberar armas pesadas, mais venenos para o campo, encobrir a corrupção, inclusive do seu filho senador, dar mais lucros aos bancos, viajar para a terra do Tio Sam e pagar robôs para comentar na internet. De acordo com parecer da Procuradoria da República, o decreto do armamento mantém brecha para aquisição de fuzis por qualquer cidadão, assim como espingardas e carabinas. Qualquer um vai puder manter armas de alto poder destrutivo em sua residência.

Enquanto isso, a vida do brasileiro só faz piorar, e os fogões a gás estão sendo substituídos pelos que queimam lenha. A revolta e a raiva contra o PT, misturados com a ignorância política, levaram o povo a votar no pior É tragédia atrás de tragédias, como agora a da penitenciária da Amazônia. A situação de superlotação nos presídios continua, sem providências.

Muitos dos manifestantes de domingo pediram o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, isso depois do capitão ter dito que o problema do Brasil é a classe política. Que manifestação consciente é essa? Agora o foco é a defesa da reforma, a segurança pública de arma na mão e o pacote anticrime do Moro. Estão, mais uma vez, enganando a todos, dizendo que a reforma da previdência é a salvação, e o povo entrando nessa.

A REFORMA TRABALHISTA

Está completando um ano e meio a reforma trabalhista do Mordomo de Drácula, aplaudida pelos patrões capitalistas, e não foram criados novos empregos, conforme o prometido. Mais um conto do vigário, do qual o brasileiro foi vítima. A reforma que escravizou mais o trabalhador e alterou 200 dispositivos da CLT, só fez aumentar a informalidade, segundo os estudiosos do assunto.

De acordo com o procurador-chefe do Ministério do Trabalho na Bahia, Luis Carneiro, a reforma não avançou em nada, sobretudo quanto ao número de acidentes fatais em serviço. Afirmou que a reforma é uma via de mão única que não proporcionou nenhuma vantagem para o explorado trabalhador.

Em sua análise, a medida não representou uma transformação e nem atendeu a nenhum anseio da sociedade, mas exclusivamente ao capital. Em um ano foram perdidos mais de 300 mil empregos formais com carteira assinada. Existe um milhão de crianças e adolescentes em situação irregular no trabalho.

Carneiro citou que a reforma nasceu em dezembro de 2016 como uma minirreforma para alterar menos de dez artigos, mas em seis meses transformou-se em um monstro jurídico. O sociólogo e professor titular da Unicamp, Ricardo Antunes, destacou que a mudança tinha a clara intenção de atender a imposições históricas dos organizados setores econômicos.

Em governos anteriores, estes segmentos do capital pressionavam pela flexibilização dos direitos do trabalho, ampliação total das terceirizações e pela desregulamentação das relações entre capital e trabalho, como o intermitente que passou a ser uma exigência. Nesta modalidade, o trabalhador fica disponível para realizar o serviço, como massa suplementar.

Outra aberração foi fazer com que o negociado prevalecesse sobre o legislado, levado às últimas consequências. Foi o fim da regulamentação social do trabalho. Com a eliminação dos direitos e, diante de uma grande massa de gente disponível para servir o capital, criou-se a exploração do trabalho e mais desempregos. O setor de serviços tornou-se altamente lucrativo

 

 





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