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:: 25/fev/2019 . 23:52

BUCHA DE CANHÃO DOS EUA E O SLOGAN DO CAPITÃO

Sem essa de ajuda humanitária aos venezuelanos. Como os Estados Unidos não podem invadir diretamente a Venezuela por questões de política internacional (China e Rússia estão de olho), colocaram o Brasil e a Colômbia como buchas de canhão para incitar o país vizinho, com mais discórdia e provocar uma guerra civil.

É tudo pau mandado dos norte-americanos que continuam imperialistas, mas não querem agir como fizeram nos tempos passados na Guatemala, Panamá, El Salvado, Nicarágua e outros países, implantando suas ditaduras por onde meteram suas patas. Assim procederam contra Cuba, em 1961, quando enviaram para lá mercenários e foram expulsos vergonhosamente pelo Governo de Fidel Castro.

Eles não têm nenhuma moral de falar de democracia, quando desrespeitaram os direitos humanos dos outros e mataram muita gente com suas atrocidades na África, na Ásia e no Oriente. Exploraram os mais pobres, escravizaram e arrancaram deles suas riquezas, deixando a fome e as doenças como heranças malditas até os dias de hoje.

A história continua se repetindo, mas a grande maioria desconhece os fatos, ou insiste nos mesmos erros, por burrice. O Brasil entrou nessa barca furada e pode sair seriamente arranhado. É mais uma trapalhada do presidente-capitão que faz questão de bater continência para a bandeira dos ianques. Os generais entraram nessa enrascada e agora estão sem saber como sair dela.

Uma casa cheia de problemas para resolver onde tudo falta a uma camada de milhões de pobres, desde comida, assistência hospitalar digna, saneamento básico e até medicamentos se propõe, a mando dos EUA, oferecer ajuda humanitária como se aqui fosse um paraíso em plena igualdade social.

A mídia que cobre as escaramuças e as agitações nas fronteiras, não mostra o outro lado da história, e a grande maioria da população acha correta essa intromissão, com o nome simulado de ajuda humanitária. O país não deveria ter entrado nessa, e até o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, deu uma declaração descordando dessa armação.

O SLOGAN DE BOLSONARO

Na semana passada fiz um comentário com o título “Um País Enlouquecido”. Mais uma maluquice estampa neste início de semana pela boca do ministro da Educação que quer perfilação de todos os alunos antes de adentrarem às salas de aulas, cantando o Hino Nacional. Até ai tudo bem. O mais ridículo é exigir que todos repitam o slogan da campanha do capitão “Brasil Acima de Tudo. Deus Acima de Todos”.

Outro absurdo é que a medida determina que os diretores das escolas filmem os estudantes perfilados e cantando, e que as cenas sejam enviadas para o Ministério da Educação e para a Secretaria de Comunicação. Qual mesmo o interesse nas filmagens? É mais uma loucura e vem mais coisa esquisita por aí.  Vão logo instituir a religião oficial bolsonarista no Brasil.

Grande projeto educacional do ministro, como se isso fosse o ponta pé inicial para a qualificação do ensino! Já ouvimos meninos vestem azul e meninas vestem rosa. A universidade não é para todos. Os pais devem criar suas meninas em outro país. Criação de documentos secretos. Só está começando. Quem viver, verá!

FEDOR DO XIXI TIRA O FOLIÃO DAS RUAS

Carlos González – jornalista

A notícia passou quase despercebida: o carnaval de rua de  Vitória da Conquista deste ano foi parcialmente despejado do Centro da cidade. Com exceção da Lavagem do Beco, marcada para o dia 1º, foram cancelados o desfile de blocos, fantasiados e mascarados, e a apresentação de artistas e conjuntos musicais, que estavam programados para a Praça da Bandeira, nos dias dedicados à folia. A oitava edição do Carnaval Conquista Cultural foi transferida para o estacionamento do Boulevard Shopping, de 2 a 4 de março; a terça-feira foi excluída.

A insólita notícia teve origem na Câmara de Dirigentes  Lojistas (CDL), depois que a organização dos festejos já havia divulgado toda a programação, aprovada pelas secretarias municipais de Cultura, Mobilidade Urbana, Serviços Públicos e Saúde, além da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Conselho Tutelar. O prefeito Herzem Gusmão, inclusive, assinou decreto suspendendo os trabalhos nos órgãos municipais, de sexta-feira desta semana até o meio-dia da Quarta-Feira de Cinzas.

O fedor do xixi deixado nas ruas por foliões que desconhecem as mais elementares regras de civilidade foi o motivo alegado pela CDL, em ofícios enviados ao prefeito e à Secretaria de Cultura, que, sem contestação, acataram o pedido. Alegou o órgão classista que o mau cheiro perdura por vários dias, causando aborrecimentos para lojistas e consumidores, mesmo reconhecendo que a prefeitura disponibiliza sanitários químicos e promove a lavagem das ruas com jatos de água e produtos de higiene.

A sra. Sheila Lemos Andrade, presidente da CDL, deveria estar preocupada com as quedas nas vendas do Comércio, cujo movimento estará paralisado durante quatro dias. Nos últimos anos, com a recessão da economia, muitas lojas têm fechado suas portas.

Por acaso, os donos e empregados das refinadas lojas do Boulevard Shopping estão imunes ao mau cheiro do xixi? E os consumidores das lanchonetes e restaurantes da praça da alimentação?

“O carnaval democrático, feito pelo povo e para o povo”, segundo seu organizador, Odilon Alves Júnior, vai dispor de mais segurança e mais espaço no estacionamento de um shopping. Sem querer criar áreas de atrito, ponderou que a Praça da Bandeira já estava pequena para o número de participantes dos festejos de Momo. Essa não é a opinião da maioria da população, o que, certamente, vai elevar os índices de rejeição do prefeito.

Gostaria de fazer alguns questionamentos ao prefeito Herzem Gusmão e a sua secretária de Cultura Cristina Rocha: como a prefeitura vai se posicionar se alguma entidade se opor ao desfile pelas ruas da cidade da “Marcha com Jesus”, acompanhada por milhares de religiosos, animados por trios elétricos? E com relação aos desinibidos participantes da “Parada Gay”?

Para subsidiar esse comentário lembro que o carnaval de Salvador dura praticamente uma semana, com prejuízos para os comerciantes dos Circuitos Dodô (Barra – Ondina) e Osmar (Campo Grande – Praça Municipal).

Olinda, que faz um dos mais concorridos carnavais do país, ficaria sem os festejos se o prefeito local proibisse o desfile dos maracatus, blocos de frevo e dos bonecos gigantes pelas ladeiras estreitas, onde reside uma parcela considerável da população da histórica cidade pernambucana.

Evangélico, o prefeito do Rio de Janeiro, o ultraconservador Marcelo Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal, não esconde que, se pudesse, acabaria com o badalado carnaval carioca. Como não tem esse poder reduz substancialmente as verbas destinadas às escolas de samba, coloca à venda o camarote da prefeitura no Sambódromo e viaja para o exterior.

Finalizo, confessando que não tenho nenhuma simpatia pelo carnaval de Salvador. O carnaval do axé, dos camarotes luxuosos, dos que podem pagar por um abadá, dos blocos de corda e dos discriminados “foliões pipoca”. Saudosista, recordo do tempo em que o circuito da festa se limitava à Avenida Sete, que o Hino do Bahia era a música mais executada pelos trios elétricos, e dos  bailes do Clube Espanhol, cuja sede era na Vitória.

 

 





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