Poema de autoria de Jeremias Macário

PIRA QUEM VIVE DA IRA

Importa é passar pela porta.

Infesta o penetra da festa.

Pira quem deixa se levar pela ira.

Era a década 60 efervescência da era.

Virá Vandré “Das Terras de Benvirá”.

Expresso hoje o mundo do excesso.

Procura obcecada é uma loucura.

Cura a alma quem faz ternura.

Ilumina a lanterna o ouro da mina.

Ensina quem nasceu pra esta sina.

Reluz a mente que emite luz.

Encosta a nau capitania na costa.

Manga quem tem o verbo na manga,

Manga também quem chupa a manga,

Manga ainda o boi no pasto da manga.

Ouço um tiro do regime no Calabouço.

Convivo na sociedade de morto- vivo.

Faço minha passagem com nervo de aço.

Enlaço as palavras e as frases no laço.

Inventa quem tem cabeça e venta.

Tivera eu a santa benção da primavera,

Amaria pra sempre a minha Maria;

Amar o teu perfumado cheiro no ar;

Filmar o enigmático azul do mar.

Encara a tua vil batalha, oh cara!

Encanto pelo teu afinado canto;

Conto em letras meu fantástico conto;

Desencanto para o excluído do canto.

Atravesso o tempo do Repórter Esso.

Curo minha alma no poente do escuro.

Procuro o prazer material de Epicuro,

Juro que foi culpa do maldito juro.

Renego quem só pensa no seu ego,

Nego aquele que enxerga e é cego.

Prego nesses versos meu prego,

Converso controverso o verso.