outubro 2018
D S T Q Q S S
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
28293031  

:: 24/out/2018 . 0:13

CURIOSIDADES DO MUNDO GREGO -FILOSOFIAS E SABEDORIAS (parte VIII)

GUERRA DO PELOPONESO – O império de Atenas se chamava Confederação, mas, na verdade, o que existia mesmo era o controle comercial e político dela subjugando as outras cidades satélites. Para começar, os cidadãos da Confederação não tinham os mesmos direitos. Quando existiam conflitos onde estava envolvido um ateniense, só os magistrados de Atenas tinham competência para julgar, conforme relata o autor de “História dos Gregos”, Indro Montanelli.

Em 459 a.C. Atenas usara a frota para tentar expedição ao Egito e expulsar os persas ali instalados. A frota de Atenas que devia servir à causa comum, foi utilizada para esmagar uma revolta nos estados de Egina, Eubéia e Samos. Esparta, de origem dórica, guerreira, aristocrática e conservadora, que não era grande cidade cosmopolita, mas contava com muitos quarteis no interior do Peloponeso, encarava as repressões como sinal de fraqueza.

Diante dos conflitos entre os estados e uma aparente guerra, Péricles realizou uma conferência de cúpula, tentando trazer toda população da Ática e o exército para dentro dos muros de Atenas. Esparta, no entanto, achou que aderir seria reconhecer a supremacia de sua rival. Muitos estados fizeram o mesmo e a cúpula foi um fracasso.

O problema era saber quem tinha a força de unificar a Grécia. Atenas era um povo jônico, a democracia, a burguesia, o comércio e a indústria. Esparta, conservadora, totalitária e grosseira. Em 435, Corcira pediu para entrar na Confederação e insurgiu-se contra Corinto. Três anos depois, Potidéia, colônia de Atenas, revoltou-se e pediu ajuda a Corinto. Péricles mandou um exército contra ela, mas não conseguiu derrotá-la.

Vendo o fracasso de Atenas, Mégara rebelou-se também e aliou-se com Corinto, que chamou Esparta. Atenas impôs o bloqueio de Mégara e Esparta protestou. De um lado Atenas com seus confederados do Jônio, do Egeu e da Ásia Menor. Esparta com todo Peloponeso (Corinto, Beócia e Mégara).

Diante da situação grave, Péricles chamou seu exército para dentro dos muros de Atenas, abandonando a Ática ao inimigo. Enfraquecido, a guerra atiçou a ira de seus inimigos, como Cléon, demagogo e corajoso, que acusou Péricles de peculato e, como ele não deu conta dos fundos secretos, foi deposto e multado, exatamente quando a epidemia levou dele a irmã e seus dois filhos legítimos. Aristóteles diz que Cléon subia à tribuna e falava numa linguagem malcriada, grosseira e pitoresca. Arrependidos, logo depois os atenienses o repuseram Péricles ao poder e deram cidadania ao filho que tivera com Aspásia.

A guerra que já durava por dez anos semeara a ruína por toda Grécia, sem solução. Ameaçada por uma revolta dos escravos, Esparta sugeriu a paz e Atenas aderiu seguindo parecer dos conservadores, como o de Nícias, cujo tratado de 421, de 50 anos, levou seu nome.

ALCIBÍADES – Aristocrata e conservador, Nícias era o homem mais rico de Atenas e tinha suas extravagancias e superstições, como a de nunca fazer nada nos dias nefastos. Para cortar o cabelo esperava a lua cheia. Quando o voo das aves indicava azar, pronunciava a fórmula da esconjuração e repetia 27 vezes. Se ouvia o coaxar de um sapo, abandonava o Senado. Organizava e pagava do seu bolso as procissões para a colheita. Cada bocado que engolia invocava o nome de um morto da sua família. Chegava a comer tendo diante de si uma tabuleta com o nome de todos seus antepassados.

:: LEIA MAIS »





WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia