Mais uma vez, a precária situação da Ceasa Atacadão da Juracy Magalhães foi alvo de debate da sessão de ontem (dia 25/09) da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, que realizou também uma reunião especial para discutir uma revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), com ênfase nas irregularidades habitacionais da cidade, abrangendo mais de 80% dos imóveis, segundo parecer de corretores do setor.

Entre uma discussão e outra, a mesa diretora da Câmara, através do seu presidente Hermínio Oliveira, empossou o vereador Moisés da Silva Santos, mais conhecido como “Dida”, no lugar de Rodrigo Moreira, afastado em processo na Justiça que o acusou de cometer malfeitos em órgãos públicos.

Para quem frequenta a Casa em dias de reuniões, a impressão é que se está numa feira onde todos conversam ao mesmo tempo para negociar a venda e a compra de seus produtos, principalmente durante os debates e nos discursos dos parlamentares. Pouco se escuta. As atividades carecem de uma maior disciplina por parte da diretoria, para que haja um melhor aproveitamento, e até mesmo por respeito aos assuntos ali tratados.

CEASA E PLANO DIRETOR

Depois da fala de um representante dos comerciantes da Ceasa da Juracy Magalhães, apontando os pontos críticos do estabelecimento, como sujeiras e falta geral de estrutura, o vereador Dudé, líder do prefeito Hérzem Gusmão, fez um apelo para que todos se sentassem à mesa para resolver os problemas e discutir um projeto de construção de uma nova unidade.

A solicitação foi atendida pela presidência da Câmara que formou uma comissão composta por oposição e situação, para deliberar um trabalho para por fim ao caos que ali se instalou, como bradou o vereador Waldemir Dias. Mesmo sendo um local deficitário, os comerciantes pagam 80 mil reais por mês de aluguel pelo espaço.

O parlamentar do PT, Waldemir Dias, chamou o Ceasa de caos e terra de ninguém, onde qualquer um usa como quer, sem dar satisfação. Disse que a Câmara não pode se omitir quanto a questão, taxando o local de salubre. Para piorar ainda, Dias criticou duramente a Prefeitura Municipal por ter suspendido a fiscalização na área que não oferece nenhuma condição aos usuários em geral. O quadro é tão grave nque virou local para quadrilhas de furtos de veículos.

Quanto a sessão especial do Plano Diretor Urbano, a pedido do vereador Wladimir Dias, o foco principal dos debates foi a irregularidade habitacional. Lembrou o autor da proposta que o PDDU de 2006 deveria ter sido revisado em 2016, o que não foi feito, colocando que o plano tem uma defasagem de dois anos, emperrando, assim, o desenvolvimento da cidade, pois a grande maioria dos imóveis está irregular, sem o habite-se.