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:: 13/jun/2018 . 10:26

METAS ESTAGNADAS E A FALTA DE MAIS RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO NO BRASIL

Há muitos anos os textos sobre educação no Brasil só nos deixam deprimidos, tristes e decepcionados. São só índices negativos, e os planos desgarrados do contexto sempre fracassam porque não existe prioridade para o setor. Quando vamos escrever sobre o tema apresentando dados positivos, na certeza de que iremos ter um país bem melhor com justiça e igualdade social?

É uma interrogação que fica e ainda não temos uma luz no final do túnel que vislumbre boas perspectivas. É muita evasão escolar, e muitos jovens deixam o ensino médio sem saber ler e escrever. Nas competições e nos concursos, só desilusão e vergonha aqui dentro e lá fora, principalmente nas disciplinas de português e matemática.

Esse negócio de país alegre e feliz, como visto no exterior, é um mito. Como ser alegre e feliz sem uma educação de primeira? Não temos a imagem de uma nação séria, mas cheia de paradoxos, e em muitos casos até servimos de piada. Na falta de uma educação mais sólida, a nossa cultura se esvai, e não passamos de papagaios e marionetes imitando a dos outros.

INVESTIR CINCO VEZES MAIS

Agora mesmo, estudo lançado para Campanha Nacional pelo Direito à Educação registra que o Brasil deveria investir até cinco vezes mais do que aplica atualmente para melhorar o cenário da educação pública das creches ao ensino médio. O cálculo foi feito pelo Custo Aluno-Qualidade Inicial e leva em conta gastos para formação e valorização de professores, despesas com água, luz e outros tantos materiais necessários.

Nos recursos para creches em período integral é onde está a maior disparidade. Anualmente seriam necessários R$21.280,12 por aluno para custeá-las em áreas urbanas. Hoje o valor pago por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é de apenas R$3.921,67.

Para o ensino Fundamental, o cálculo feito estima que o valor deveria dobrar em cidades, e quase triplicar no campo. No ensino médio, o valor atual precisaria aumentar pelo menos 50%, passando de R$7.240,02 para R$19.167,47. Para a educação de jovens e adultos, os R$2.413,34 atuais necessitariam ser elevados para R$8.366,17.

De acordo com a estudiosa no assunto, Luciana Allan, do Instituto Crescer, o primeiro passo para o país avançar com qualidade do ensino público é contar com diretrizes educacionais claras, guiadas por um planejamento estratégico com metas para curto, médio e longo prazos, além de promover a avaliação periódica dos resultados. Fica claro que mais dinheiro é imprescindível, mas não é tudo. Tem que ser bem investido.

METAS NÃO AVANÇARAM

Relatório de acompanhamento do plano feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) constatou que das 20 metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), 16 estão estagnadas ou tiveram regressão nos últimos quatro anos.

Com vigência de 2014 até 2024, o PNE conta com 20 metas para todos os níveis da educação, do infantil ao superior. Destas, ao menos três têm prazos intermediários já vencidos.

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