A lei deveria ser bastante rigorosa com pesadas multas, e até prisão, contra pessoas que criam animais, não cuidam e depois abandonam os bichos nas ruas e nas estradas, criando um atentado à saúde e à ordem pública. Esta seria uma forma de combater a proliferação de cães e gatos, como no flagrante das fotos, soltos nas cidades, muitos dos quais passando fome e doentes.

Por sua vez, o poder público também tem sua grande parcela de culpa porque não dispõem de estrutura de fiscalização para controlar esta situação caótica, inclusive recolhendo, quando necessário, os animais em locais adequados, fazendo o castramento. As cenas desses cachorros soltos foram fotografadas em Juazeiro, na Bahia, mas acontece em todas as cidades, como em Vitória da Conquista.

Aqui mesmo em Conquista, no Jardim Guanabara, na rua “G”, 296, sofro dia e noite com um monte de gatos no telhado da minha casa porque o vizinho dos fundos, na outra rua “H” (a Ulisses Guimarães), não cuida desses bichos que “infernizam” nossas vidas e provocam prejuízos.

Sem comida e tratamento adequado, os gatos passam todo tempo no telhado procurando lagartixas e outros bichos para se alimentar. Quando cai a noite, ai é que é perturbação e barulho, inclusive quando macho e fêmeas inventam de transar. O pior é que os bichos nem são castrados e nem se sabe se são vacinados.

As pessoas deveriam ter consciência e respeitar os outros, mas, infelizmente, não têm nenhuma. São por demais individualistas. Se você não tem condições de criar um animal, melhor não tê-lo. Quem faz isso deveria ser rigorosamente punido, como é o caso dos cães soltos nas ruas, praças e avenidas.

Como quem mata um animal qualquer deve responder pelo crime ambiental praticado, o dono negligente precisa também ser preso para pagar pelos seus atos de abandono. As sociedades protetoras e as Ongs até que têm feito um trabalho dentro do possível para acolher em abrigos esses animais soltos, mas também devem pressionar os poderes públicos para punam os irresponsáveis.

Nas estradas estaduais e até federais, a situação também é crítica e perturbadora, com jumentos e cavalos soltos que terminam provocando acidentes, muitas vezes com mortes fatais. As polícias estaduais e federais recolhem alguns por aí, mas esbarram na falta de condições estruturais (alimentação) para mantê-los presos por muito tempo em currais e pastos. Na maioria das vezes, esses animais passam fome e sede nos postos das próprias polícias.

Mais uma vez, o poder público municipal é o maior culpado porque não pune com rigor os donos que não cuidam de seus animais. No caso de burros e equinos em geral, muitos utilizam, até de forma imprópria com maus tratos, para fazer transportes de mercadorias, e depois de certa idade, quando não aguentam mais tantas cargas pesadas em seus lombos feridos, soltam os bichos por aí.