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:: 6/jul/2017 . 22:38

OS MAUS ESPÍRITOS INVADEM O SAGRADO

O São João passou e, mais uma vez, ficou a sensação de que os maus espíritos se infiltraram pra valer no templo sagrado da nossa festa, para roubar nossas seculares tradições trazidas pela corte portuguesa que herdou símbolos do hemisfério norte e até mesmo dos povos egípcios.

Os maus espíritos são os “breganôjos” e outras introduções do capitalismo predador nas bebidas, comidas, vestimentas e nas danças, cujo sistema não tem nenhum escrúpulo de derrubar e desfigurar um patrimônio cultural. O pior é que a maior parte das prefeituras está contaminada.

Prefeitos, principalmente, com exceções de alguns mais lúcidos, são atraídos por esse falso brilho vendido por empresários que convencem a maioria do poder público de que é disso que o povo gosta e aplaude. Há também o lado corrupto do superfaturamento nos contratos. É uma tentação!

Acontece que muita gente já começa a apedrejar e a jogar latas nesses palcos de “artistas” eletrônicos do “tira o pé do chão”. É só zoeira! Os mais sensatos e conscientes do verdadeiro espírito histórico do São João, inclusive jovens, não estão nada satisfeitos com esses usurpadores das festas juninas.

Atitudes e leis severas precisam conter a invasão desses maus espíritos que, com suas artes nefastas e suas máscaras de fantasmas, levam de nós a alma da festa por dinheiro, não importando para a questão da preservação cultural. Infelizmente, ainda temos uma nação inculta que deixa se enganar pelos “safadões” do som e dos rebolados.

Bem, está dado o meu recado e o meu desabafo de protesto. Vamos agora ver um pouco das origens da nossa festa, de todas, a mais brasileira e nordestina. Segundo o analista cultural Anderson Rios, em comentário num jornal da capital, o São João é uma festa sincrética, pois admite a equivalência entre Xangô, orixá ligado ao fogo, e o santo cristão nos terreiros de candomblé da Bahia.

Mesmo proibido, o costume de soltar balões, entre cinco a sete, tem o sentido de avisar as pessoas sobre o início das comemorações, bem como de levar os pedidos para os santos até o céu. Nessa mesma época de junho, os nossos índios realizavam seus rituais para celebrar a agricultura. Com os jesuítas, as festas se fundiram e os pratos passaram a utilizar alimentos nativos, como a mandioca e o milho, segundo Anderson.

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