Antônio Novais Torres

A cidade vive traumatizada com tantos crimes praticados por elementos do mal. Eles também estão agindo na zona rural com tamanha crueldade que deixam a população apavorada e com indignação pelos atos perpetrados. As pessoas são agredidas, roubadas, furtadas, assassinadas vulgarmente com sadismo, pela ousadia dos marginais. Infundem nelas o medo e o terror. O crime hoje está tão banalizado que até mesmo pessoas que deveriam garantir a segurança e primar pela honradez debandam para o lado da delinquência em proveito pessoal.

O crime ocorrido na zona rural, precisamente na Fazenda Riachão, divisa entre os municípios de Aracatu e Brumado, pelo ato cruel e bestial contra dois lavradores idosos, repugna e indigna a todos. Os elementos que praticaram essa atrocidade precisam responder criminalmente pelos seus atos de crueldade, impiedosamente perpetrados, que chocaram a população. Que dê a César o que é de César. Que se punam rigorosamente esses malfeitores, delinquentes, assassinos pelas sevícias e pelos crimes praticados contra pessoas idosas, indefesas que não merecem tamanha brutalidade.

Esses fatos tomam proporções assustadoras, os bandidos não respeitam mais a polícia nem a justiça, arrostam-nas sem nenhum acanhamento. Talvez pela impunidade e pela falta de reprimenda exemplar, agem cinicamente, seviciando e matando as pessoas como tem ocorrido.

Os facínoras recebem, nas prisões, drogas e outros objetos para utilização nas fugas, fornecidas por parceiros do crime. Fogem das detenções e praticam novos crimes, embora saibam que a polícia está em seu encalço. Tanta violência é desencadeada pelos marginais que são estimulados pela impunidade e pela ineficiência da lei repressora que tende a acobertar os delinquentes ao invés de proteger o cidadão correto. Dessa forma, a agressão prolifera de maneira crescente e com aspecto assustador.

O governo alega não ter dinheiro para aparelhar as polícias e os presídios com as adequações necessárias. Delegacias superlotadas abrigam marginais que deveriam estar em prisões apropriadas e outros que deveria estar com sentença prolatada. Complica mais a notícia de assaltos praticados por maus policiais, em quem se deposita confiança, a qual é traída pelas faltas cometidas – situação gravíssima – e, quando descobertos, são expulsos da corporação e ou punidos na forma da lei, causando mal-estar aos comandantes que têm de se justificar perante a sociedade. Esses elementos enveredam-se pelos descaminhos da marginalidade, dando mais trabalho à polícia, porquanto conhecedores do esquema comandam a quadrilha que formam.

O noticiário diariamente fala dos marginais de colarinho branco, desde deputados, senadores, ministros, políticos em geral e empresários que aderiram à corrupção desenfreada. A sociedade exige punição aos delinquentes, corruptos e corruptores que dão mau exemplo e, nem sempre, por questões políticas, são penalizados. Embora pressionados pelo envolvimento na criminalidade, certos elementos, pelo prestígio político, não são atingidos pela lei. Corruptos e corruptores agem indiscriminadamente. Esse péssimo exemplo tem contaminado aqueles que não têm compromisso com a verdade e praticam toda espécie de iniquidade.

“A violência está se tornando característica da atual sociedade… Crimes bárbaros são praticados no dia a dia e não chocam tanto a população, como acontecia no passado… E isso tem uma explicação: a família está se deteriorando, e os valores morais, deixando de existir… O jovem cresce sem regras, com o padrão de vida definido através de redes sociais…”(Jornaldomeiodia – Internet).

Não é admissível que o mal se sobreponha ao bem. Resistir ao mal, à perversidade é condição imprescindível, é a maneira mais eficaz de combatê-los. Obviamente que o tratamento concedido ao perverso não pode ser negligente, considerando seus atos ignóbeis, portanto ele não merece nenhuma condescendência, como os indultos e outros benefícios de ordem jurídica legal.

Acho que a falta de fé, de uma religião, da crença em Deus, talvez, seja a responsável para o avanço da criminalidade. São pessoas fracassadas que não se dispõem a realizar o bem ao ser humano. Essa violência toda que estamos vivendo agora é praticada por indivíduos endemoninhados. É preciso rechaçá-lo para eliminar essas atitudes malévolas e não sermos vítimas de pessoas de má índole.

A verdade é que esses elementos do mal não se ressocializam. Acostumaram-se à prática da perversidade através dos delitos perpetrados, levando sofrimento, angústia e medo à sociedade. Portanto, não há de se falar em reintegração social desses indivíduos, o essencial é que eles fiquem afastados da sociedade, encarcerados, a cumprir pena integral pelo delito cometido.

Antonio Novais Torres

antorres@terra.com.br

Brumado, em 25-11-2013.