Mamar nas tetas do governo, aliás, nas tetas do povo, não é só dos políticos, dos aliados da situação com cargos polpudos e das corporações empresariais. Todo mundo também quer dar sua mamada, Não faltam aproveitadores se fazendo de coitados. É a cultura do assistencialismo que está arraigada no Brasil desde os tempos coloniais.

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Aqui mesmo em Vitória da Conquista temos dois casos típicos de querer ficar sempre mamando nas tetas do povo. Um é o Mercado Popular construído com o dinheiro do contribuinte. Não é de todo errado o poder público bancar a construção do prédio e se responsabilizar pela logística, mas não arcar com a manutenção.

Feitas as contas de limpeza, segurança, luz, água e outras despesas a Prefeitura Municipal estipulou uma quantia de 200 reais por mês e os ambulantes estão chiando que é muito. O aluguel de uma lojinha naquela área do Sumaré com a avenida Fernando Spínola deve ficar em torno de mil reais.

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É o velho hábito de receber tudo ”de mão beijada”, mesmo vivendo num sistema capitalista. Pelo valor, não existem motivos para tanta gritaria por parte dos comerciantes. Só faltaram dizer que querem tudo de graça. É esse tipo de movimento que o executivo não deve ceder, nem a sociedade apoiar e tolerar. Vivemos num país de muitos subsídios e de pouca iniciativa privada porque, no lugar de ensinar a pescar, os governos dão o peixe.

Outro caso é o da Central de Abastecimento, na avenida Juracy Magalhães, cujo aluguel da área sempre foi pago pela Prefeitura Municipal, alimentando atacadistas que têm condições financeiras de arcar com os custos dos boxes. Foi só o poder público negar o pagamento para haver a gritaria e os protagonistas aparecem na mídia como pobres coitadinhos desamparados.

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