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O BOM DOM BUDA

Dário Teixeira Cotrim

Academia Montesclarense de Letras

Estávamos todos nós a caminho das praias do Porto Seguro. Uma viagem de férias do meu filho Ramon com um grupo de amigos e família. Uma parada estratégica em Guanambi – já no Estado da Bahia – e depois um descanso mais prolongado em Vitória da Conquista, uma belíssima cidade, sempre cantada e encantada pelo confrade Jeremias Macário. Era hora de repor as energias e em vista disso procuramos um hotel para nos acomodar por apenas uma noite, uma noite somente. Em Vitória saímos à noite para a Conquista do entretenimento em terras estranhas. Fomos, por indicação de algumas pessoas, gozar de uma noite muito especial em um barzinho da cidade localizado na Morada dos Pássaros II: era o bar do Dom Buda.

Na chegada uma recepção calorosa. Entre goles de cerveja e uma bicada gostosa da água milagrosa da terrinha baiana, era hora de contar casos curiosos e ouvir histórias hilariantes do tempo do onça. Numa apresentação, meio tímida, o nosso Dom Buda disse-nos que viera de Guanambi e que de lá havia sido expulso pelo delegado Tinuca. Ora bolas, o Tinuca (Altímio Elísio da Silva) que era o temido Delegado de Polícia do meu tempo de adolescência. Portanto, um velho conhecido nosso e parente (primo) do meu saudoso pai. O fato registrado do delega Tinuca, naquele momento, rendeu muitas horas de recreação. É verdade que o saudoso Tinuca foi uma pessoa muito querida em Guanambi e em Ceraíma, onde exerceu, com muita competência e profissionalismo, a sua árdua tarefa de colocar ordem nas coisas.

O tempo passava depressa. Quase vinte e uma horas. As lufadas de vento anunciavam que a madrugada seria amena, naquele doce momento – vinte e uma horas no relógio deles, pois no nosso já marcava sessenta minutos na frente. Eu (Dário Cotrim), Júlia, Ramon e o companheiro Chiquinho, todos estávamos na companhia da loiríssima SKOL. Algumas horas mais tarde a Sara e Bruna chegavam para a nossa felicidade. No fundo do bar do Dom Buda um suave som, com músicas de recordar, ajudava-nos a encompridar conversa.

Outros rumos do falatório surgiram e falamos o que deveria em uma mesa de bar. A loiríssima SKOL, gelada como sempre, descia redondamente como anunciada nos panfletos de propaganda. Vez por outras, uma tragada da caninha de fundo de quintal: saborosa e suave que era para esquentar o sangue. Houve momentos de alegrias e de tristezas também. Dom Buda disse-nos, entre lagrimas, a perda irreparável de sua amada esposa. Ficamos todos condolentes com a sua dor. Entretanto, o divertimento anunciava o tom da conversa por outros caminhos.

Era hora de repousar. Uma decisão dura e providencial. Entretanto, o bom Dom Buda veio com o violão solicitando ao Chiquinho apenas uma palinha e nada mais. A cerveja, já por conta da casa, ariscamos cantar a canção de Roberto Carlos: “Aquele beijo que te dei”. Eu e o Chiquinho cantamos na certeza do sucesso eminente. Era tão somente o nefasto efeito alcoólico. O meu filho Ramon logo se apressou em divulgar o vídeo na rede social do facebook. Que desastre! Para o bom Dom Buda o nosso amplexo e a nossa gratidão, com a certeza de que voltaremos para mais uma rodada de cerveja. SKOL de preferência. Até breve!

 

1 resposta para “O BOM DOM BUDA”

  • Dário Teixeira Cotrim says:

    Meu Prezado Jeremias Macário,

    O meu texto publicado no seu blog “A Estrada” para mim é uma alegria sem tamanho, um contentamento constante e uma felicidade feliz. Agradeço-lhe de coração a sua generosidade. Um amplexo Dário Cotrim

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