Todos os escândalos de ladroagem na Petrobrás não passam de ilusões dos delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. É que eles são masoquistas e estão brincando de esconde-esconde com a Polícia Federal e o Ministério Público. Os pronunciamentos duros e irados do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, são invencionices da sua cabeça. Talvez digam que ele esteja fazendo o jogo da direita e alimentando a mídia golpista.

Para a CPI dos parlamentares do Congresso, conforme a relatoria do deputado Marco Maia, não houve nada de rombo na estatal. O prejuízo na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em torno de R$800 milhões, não aconteceu. Coisa de maluco! O superfaturamento da refinaria Abreu e Lima, de mais de R$15 bilhões, foi uma merreca sem importância, e passa a régua. Todos são inocentes.

Diante de todos estes fatos escabrosos de desmandos e roubalheiras e de um parlamento que há anos emporcalha a nação, não existem mais termos de desqualificação na língua portuguesa que exprimam a real situação de safadeza dos ratos de esgoto. O roubo no Brasil é pior do que o Ebola na África.

Dizer que existe uma quadrilha de criminosos é brando. Os bandidos mais cruéis e assassinos dos morros são fichinhas para estes elementos. Cartéis do tráfico de Medelín e de Cali, na Colômbia, perdem longe para os cartéis das empreiteiras no Brasil, mas a CPI não indiciou ninguém, o que vale dizer que não houve corruptores e corruptos. Todos são inocentes.

 O que mais nos envergonha é que os países lá fora estão mais indignados que os próprios brasileiros. Aqui é só licencio, principalmente por parte dos bons. Os sindicatos dos petroleiros, dos químicos e petroquímicos não se manifestam. Nas ruas e praças, cada um cuida de si e todos encaram as denúncias com a maior naturalidade, com a simples resposta de que isso sempre existiu. Fazer o quê Zé Mané? Malandro é malandro!

Se o dito popular de que, “quem cala consente” for verdade, então todos brasileiros são corruptos e ladrões porque estão aceitando a prostituição geral, pior do que em Sodoma e Gomorra. Nossas vidas não valem nada porque estamos nas mãos desses salteadores. Somos emboscados todos os dias, dentro e fora de casa.

Ainda nesta semana, o Procurador Geral da República, que comparou o escândalo a um incêndio de largas proporções, pediu a substituição da atual diretoria da Petrobrás, mas dona Dilma mandou recado pelo ministro da Justiça de que tudo está bem e vai continuar como dantes. A economia também vai bem. Está mais que comprovado que dona Dilma não tem competência para ocupar o cargo de presidente (ainda quer que a chame de presidenta). Gestão desastrosa é intriga da oposição.

Ao ponto em que chegamos de tantas humilhações e aberrações, não existe mais fé e esperança, por mais que a Justiça prometa com firmeza que vai fazer uma operação mãos limpas e punir todos os bandidos. Como acreditar, se sempre tudo termina no vale do esquecimento, e fica o dito pelo não dito? O déficit do orçamento da União já não existe mais, e a Lei de Responsabilidade Fiscal foi para o brejo.

Enquanto roubam e tripudiam, a gente humilde continua morrendo à mingua nos corredores dos hospitais imundos. A educação foi para o lixo e a violência nas cidades mata mais que as guerras na Síria, no Iraque ou na Ucrânia. Mas, todo esse sofrimento é suportável porque, em compensação, temos as políticas públicas das cotas e do Bolsa Família. Quantidade é o que importa. Aumentar o número de beneficiários do Bolsa família significa grandeza e riqueza.

O Estado Islâmico degola pescoços e sangra seres humanos por questão de ideologia religiosa. Aqui, no Brasil, a corrupção e a ganância de um monte de partidos políticos que se digladiam pelo poder a qualquer preço, devoram nossas vísceras como um bando de carniceiros. Ainda agradecemos bondosamente pelo assistencialismo e o paternalismo que deixam as pessoas cada vez mais dependentes, cegas e mudas.