outubro 2014
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DAQUI A QUATRO ANOS

Se você, por um motivo ou outro, não acompanhou o horário eleitoral e os debates políticos destas eleições de 2014, não se preocupe porque o filme é repetido e se repetirá daqui a quatro anos, com as mesmas propostas de combate à corrupção, à violência; de melhoria do nível educacional; do fim das filas no atendimento médico nos hospitais; e de mais investimentos na infraestrutura do país.

Aí, companheiro ou camarada, você vai voltar a ouvir a expressão verbal vamos fazer isso e aquilo, conjugada com os infinitivos mudar e reformar para melhorar. Os chavões, “no nosso governo vamos apurar, investigar e punir os culpados, doa em quem doer” também vão fazer parte das desgastadas promessas. Em público emitem um conceito, mas no escondidinho praticam outro.

Vou torce para que estes prognósticos pessimistas não frutifiquem e que esteja errado, mas foram eles, os governantes políticos que roubaram a minha e a nossa esperança de um Brasil do futuro, desde quando me entendo por gente. O pessimismo foi sim, uma decorrência de tantos engodos e mentiras de anos e anos.

Nestas eleições, infelizmente, a corrupção saiu-se como a mais vitoriosa no sentido de que os escândalos sobre assaltos aos cofres da União pouco abalaram a opinião pública. Bem longe da saúde, da educação e da violência, a corrupção está entre os últimos itens no rol de preocupação da população, segundo um instituto de pesquisa, ou seja, acabar com o roubo não é prioridade.

O que já era esperado, lamentavelmente, nossa sociedade se dividiu ao meio entre Norte/Nordeste e o Sul/Sudeste, mestiços, negros e brancos, heteros e homossexuais, cotas e não cotistas, os que patrulham o pensamento e a outra parte menor que se atreve a discordar, nascendo dai o rancor político, ideológico e até racial. Isso não é nada bom para o futuro da nação.

O acúmulo de pressão tende a se romper mais cedo ou mais tarde, como na explosão de uma panela cuja tampa não suporta mais o calor demasiado. Há muito tempo que os políticos em geral falam de costas para o povo por considerarem que o brasileiro nunca vai se indignar. Precisou um pleito eleitoral mais acirrado para a oposição exercer seu real papel. Mesmo assim, ainda perdura o silêncio dos bons e o medo de se dizer o que se pensa.

1 resposta para “DAQUI A QUATRO ANOS”

  • Caio Macario says:

    Outro dia fui ao cabeleireiro e ouvi um tipo que falava demais soltar a seguinte pérola: “politica pra mim é igual a futebol”. Essa fala com certeza reflete com perfeição o pensamento de muitos dos nossos eleitores. Não importa se o gol foi marcado em impedimento ou com a mão, o que importa é meu time vencer. Ou como disse um jogador do Flamengo apos uma vitoria questionável sobre seu rival: “ganhar roubado é mais gostoso”. A verdade é que o povo tem o que merece, nem mais nem menos.

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