No campeonato baiano os times do Bahia e do Vitória deitam e rolam com direito a cartolagens e erros graves dos despreparados árbitros.  Nem é preciso ter bola cristal para saber que sempre disputam a final do certame, com raras exceções de uma ou outra agremiação do interior, e isso leva anos para acontecer. Ainda chamam isso de “Baianão”.

Pela estrutura futebolística, tirando o Bahia e o Vitória, que no brasileiro podem ser considerados como médios, os times pequenos do interior são amadores que se arrastam em dívidas, mesmo com uma folha de pagamento que equivale ao melhor jogador de um dos dois da capital. O Vitória da Conquista, por exemplo, foi uma decepção na divisão “D” do brasileiro.

No campeonato brasileiro, o BAVI é um vexame e uma vergonha só. Os dois mais parecem irmãos siameses de tão grudados e ligados que ficam na tabela de rebaixamento. Um sobe e outro desce em cada disputa. Tem 26 anos que o Bahia foi campeão nacional e o Vitória já tentou, mas nunca chegou lá. Todo início de temporada contratam uma carreta de jogadores que não valem por um craque de verdade.

Não quero entrar aqui na questão da educação, da cultura, da música e do desemprego, mas a Bahia está lá embaixo da tabela até no futebol. Aí vão dizer que a Bahia tem dois times na primeira divisão, só que pelo que fazem em campo nem deveriam estar lá. Servem de piadas para a mídia do sul.

O mais hilário de tudo isso são os jornalistas e cronistas baianos que tentam, de toda forma, empurrar e torcer pelos “representantes baianos” no campeonato. Quando começa a rolar a bola é um tal de fazer contas de matemática e geometria que se os antigos gregos e egípcios retornassem ao mundo teriam muito o que aprender! É um tal de secar os adversários que até esquecem de jogar!

Quando perdem, o juiz, o estádio e até a grama são os verdadeiros vilões. Na mídia esportiva, o clássico BA X VI é a maior sensação do planeta e quando um vence até parece um final de campeonato de tantas comemorações dos atletas e torcedores. Quando um jogador faz um gol da vitória vira logo herói e é notícia para toda semana. Suas famílias e suas origens são reviradas e dessecadas.

A crônica esportiva sempre se esquece de falar do outro lado da realidade como fez com a seleção brasileira na Copa do Mundo quando perdeu de 7 a 1 para a Alemanha e depois tudo permaneceu como antes, iniciando com o Dunga retranqueiro e cabeça dura como o Filipão. Triste futebol! Triste Bahia e Vitória!