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FORRÓ DE CANTORIA

FORRÓ DE CANTORIA 007

Êta, moço! Boa música de raízes da terra, misturadas ao melaço de cana, esse projeto “Forró de Cantoria” montado pelos compositores e cantores Mano Di Souza, Papalo Monteiro, Dorinho Chaves e sua ritmada banda de triângulo, zabumba e saxofone. Pode pegar a estrada que vai ser um sucesso por onde passar!

Pena que não tinha ainda uma multidão para aplaudir estes grandes artistas, mas os cabras fizeram um show e tanto na quinta-feira à noite (dia 15 de maio) no espaço do Theatro Carlos Jheovah. Numa mistura final de forró e cordel, o Forró de Cantoria encantou o público presente.

Foi um show imperdível de Mano Di Souza e Papalo Monteiro no violão, e Dorinho cantando e contando suas belas histórias.  O projeto está pronto, bonito e pode se espalhar neste mundão para propagar suas criações.

Temos aqui na terra de Elomar e Glauber Rocha grandes talentos musicais, pena que contam com pouco apoio dos poderes públicos e do setor privado. A população também precisa chegar junto e prestigiar a iniciativa.

Na ocasião foram apresentado os novos  CDs de Mano Di Souza e Dorinho Chaves, este em parceria com Alisson Menezes, que também estava lá acompanhando. Lídia Rodrigues estava empolgada e não parava de filmar o show. Precisamos despertar Vitória da Conquista para a cultura e reviver aqueles tempos das décadas de 50 e 60. Parabéns ao grupo!

QUE LEGADO?

Melhor seria que o governo Dilma do PT fizesse mea culpar e reconhecesse que a briga há sete anos para que o Brasil sediasse a Copa do Mundo foi um erro do que tentar convencer o povo que o evento vai deixar um legado de grande importância para a população. Que legado?

Isso é puro engodo e não dá pra colar diante dos fatos. O marqueteiro do governo bem que poderia mudar o discurso e encarar a realidade, pois o povo não está mais nessa. Grande legado para a Fifa que vai embolsar tudo em dólares e euros e deixar aqui estádios vazios. A esta altura muita gente esqueceu do estádio João Avelange que está lá todo enferrujado no Rio de Janeiro.

A verdade é que é lamentável dizer, mas estamos na boca de uma convulsão social de proporções não previsíveis. Nas ruas, as categorias de trabalhadores pedem aumentos salariais de 30%. Assim vai quebrar a banca, ou a economia que já está descendo pela ladeira, com a inflação subindo a outra.

Grupos mascarados quebram estabelecimentos comerciais e até a polícia militar, com suas greves inconstitucionais, abre espaço para os aventureiros de plantão fazerem saques e arrastões. O povo levanta bandeiras reivindicando melhorias na educação, na saúde e mais segurança.

Em 1970, em plena ditadura militar, o presidente Médici esguia estádios de  futebol em todos os estados, mas ninguém ousava contrariar ou contestar porque seria levado para os porões das torturas e lá sumia.

Estamos numa democracia (não é a ideal) e a presidente precisa aprumar o prumo para acalmar os ânimos e não ficar enganando que a Copa vai deixar um grande legado. A esta altura “Inês já é morta” e não dá mais para tapiar com pontuações que só fazem mais irritar e revoltar a população.

SOBRE NOSSAS FERROVIAS (III)

A LUTA PELA VOLTA DOS PASSAGEIROS

E O TREM SE FOI - Cópia

De Mapele para Camaçari já existem trilhos para o transporte de cargas. Em 2006, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) chegou a aprovar projeto de restauração das linhas para 15 regiões do Brasil entre municípios com mais de 100 mil habitantes dentro de uma extensão de 200 quilômetros das capitais.

A Bahia chegou a ser contemplada com os trechos Salvador – Alagoinhas (128 km) e Salvador Cachoeira (138 km). Os trens passariam por Camaçari (210 mil habitantes), Simões Filho (140 mil) e Alagoinhas (190 mil). Enquanto nada acontece, vários movimentos de Ongs, como o Movimento “Trem Ferro”, “Ver de Trem” (criado em 1991) lutam para a volta dos trens passageiros.

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NA ESTRADA COM A LITERATURA

Nosso blog “aestrada” não tem o propósito de ser noticioso, voltado ao factual, nem tem o caráter comercial, embora aceitamos qualquer colaboração e apoio para o seu sustento. Tudo isso já foi dito aqui na sua abertura. Nossa intenção é com o fazer pensar dialético, discutir e divergir através de textos críticos e opinativos, sem perder a atualidade midiática.

Aos poucos vamos criando espaços de discussão que serão permanentes, como colunas sobre literatura, cinema, teatro, música e demais linguagens artísticas. Agora mesmo estamos montando o espaço “Na Estrada com a Literatura”, para postagens de poesias, crônicas, contos, lançamentos de livros e autores (especialmente regionais) e críticas literárias.

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HUMILHAÇÃO!

Até que enfim alguém explicou porque baianos e brasileiros em geral tomam medicamentos sem prescrição médica. Na edição do dia 11 de maio (domingo) o jornal a Tarde publicou uma matéria esclarecedora do repórter Franco Adailton onde a maioria dos entrevistados diz que se automedica porque tem dificuldade de marcar uma consulta.

Está aí a explicação mais convincente e realista possível. Todos sabem que o SUS no Brasil é uma humilhação e uma vergonha. Basta ver as pessoas estiradas nos corredores dos hospitais e se contorcendo de dor no aguardo de uma vaga. Não precisa ir longe, é só visitar o Hospital Regional de Vitória da Conquista.

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CURTA AS CURTAS (III)

ROUBO NAS PREFEITURAS

Essa de criar empresas fantasmas para surrupiar o dinheiro público, senhores prefeitos caras-de-pau, é muito manjada! Quando chefiava a Sucursal A Tarde, em Conquista, me deparava muito como esse modus operandi. Eles fazem contratação de obras com empresas de fachadas, mas os serviços não são executados. Depois é só embolsar a verba. No nordeste do estado (região dos municípios de Fátima e Ribeira do Pombal) 20 prefeituras estão sendo acusadas pela prática de desvios de mais de 70 milhões de reais nos últimos anos. A principal fonte de roubo é justamente da combalida educação através do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, o chamado Fundeb. Também a saúde não foi poupada dos larápios. A corrupção é a maior epidemia do país.

BATE-BOCA DOS CANDIDATOS

Em total desacordo com a lei eleitoral, os políticos candidatos a cargos nas próximas eleições estão nas ruas em plena campanha com o costumeiro bate-boca entre eles. Isso é uma tremenda afronta ao povo, e depois ainda dizem que os manifestantes são os baderneiros e vândalos. Não têm o mínimo de respeito e passam por cima da lei que só permite campanha aberta a partir de 5 de julho. Os programas eleitorais na televisão se transformaram em palanques. O Superior Tribunal Eleitoral nada vê, nada escuta. Mesmo assim, o povo está ansioso pra votar.

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A Copa e o trem Carlos González – jornalista

Eu havia prometido na semana passada dar prosseguimento ao polêmico tema do racismo no futebol, porém, no último sábado, o secretário da FIFA, Jerome Valcke, deu mais um pontapé na bunda dos brasileiros, embora, como das vezes anteriores, tenha aplicado um linimento para aplacar a dor. No recheado balaio das críticas, o dirigente advertiu aos torcedores europeus que têm uma visão parcial sobre nosso território: “Não há ferrovias no Brasil”.

BODE NA LINHA - Cópia

Valcke abordou um problema sério no sistema de transporte brasileiro, tema de comentários feitos pelo editor deste blog, Jeremias Macário. O “cartola” chamou a atenção para a dificuldade que os estrangeiros – a Copa da Alemanha, em 2006, foi citada como exemplo – terão em se deslocar entre o Norte-Nordeste e o Sul-Sudeste. Atentou ainda para o perigo de passar as noites dentro dos carros ou em barracas.

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BARBÁRIE!

A lacuna social, econômica e política deixada há anos pelo Estado (legislativo, executivo e judiciário) deu lugar á barbárie e à brutalidade desenfreada. Não é querer ser catastrófico. A realidade cruel dessa sociedade que perdeu as estribeiras está aí, mas, como já estamos em plena banalização do crime, a resposta mais corrente que se ouve é que “a coisa é assim mesmo”. Temos mais que nos conformar com a deformação mental do país.

Por causa de um boato numa rede da internet, pessoas cheias de ódio arrastam uma mulher, espancam e torturam até a morte. Quem colocou o boato de um retrato falado de uma suposta senhora que sacrificava crianças em rituais de magia negra tem sua carga de culpa, mas, mesmo que fosse verdade, não justificaria o ato tão bárbaro.

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CURTA AS CURTAS II

COMÉRCIO cONQUISTA

E o nosso Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima interditado desde final do ano passado! É o sinal visível da decadência da nossa cultura na Bahia e em Vitória da Conquista, e de que ela é apenas um jarro de decoração na mesa dos programas dos governos. Se antes já não havia tantas opções culturais na cidade nos finais de semana, agora piorou. O pequeno centro Carlos Jeovah não tem estrutura física para receber eventos musicais e outras linguagens artísticas. As expressões culturais em Conquista (terceira maior cidade da Bahia) não podem ficar resumidas ao Natal e ao São João. A esperança de melhora está no início de funcionamento do Espaço Glauber Rocha construído pela Prefeitura Municipal. Vamos rogar para que lá as atividades culturais voltem ao bom tempo das décadas de 50 e 60.

MENINO MAICON

Um ano e quatro meses e o caso do menino Maicon, morto numa desastrada operação da polícia num bairro da periferia da cidade de Conquista, continua sem uma solução. O mais revoltante foi o desaparecimento do corpo do menino, lembrando os tempos da ditadura militar(1964-1988). A mídia e a sociedade permanecem caladas. Os responsáveis trabalham nas ruas como se nada tivesse acontecido. No Brasil, os escândalos e as tragédias se sucedem e todos continuam dizendo “é assim mesmo, o que se pode fazer”. Vez por outra, um grupo todo de branco, que mais parece propaganda de sabão em pó, sai às ruas pedindo paz.

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A CULTURA RENEGADA

CENTRO DE CULTURA 006

“Uma criança em farrapos contempla, com brilho no olhar, o maior túnel do mundo, recém-inaugurado no Rio de Janeiro. A criança em farrapos está orgulhosa de seu país, e com razão, porém ela é analfabeta e rouba para comer”.

Esse olhar do escritor uruguaio em “As Veias Abertas da América Latina” (todos deviam ler), publicado na década de 70, continua atualizado para os tempos atuais. Nos dias de hoje, jovens e adultos doidos por futebol e distantes da cultura, se orgulham do Brasil sediar a Copa do Mundo, embora a grande maioria nem possa ir aos estádios para assistir uma partida porque foram barrados do banquete por serem pobres.

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