Nosso blog “aestrada” não tem o propósito de ser noticioso, voltado ao factual, nem tem o caráter comercial, embora aceitamos qualquer colaboração e apoio para o seu sustento. Tudo isso já foi dito aqui na sua abertura. Nossa intenção é com o fazer pensar dialético, discutir e divergir através de textos críticos e opinativos, sem perder a atualidade midiática.

Aos poucos vamos criando espaços de discussão que serão permanentes, como colunas sobre literatura, cinema, teatro, música e demais linguagens artísticas. Agora mesmo estamos montando o espaço “Na Estrada com a Literatura”, para postagens de poesias, crônicas, contos, lançamentos de livros e autores (especialmente regionais) e críticas literárias.

 Na próxima semana vamos falar sobre talentosos escritores regionais cujos trabalhos, infelizmente, são poucos divulgados. Até lá, queria chamar a atenção para um cara que está “bombando” na Europa, criando uma tremenda celeuma entre a mídia, filósofos e economistas do mundo.

Trata-se do economista francês Thomas Piketty, de 42 anos, que acaba de lançar o livro de 700 páginas “Capital in the Twenty-First Century” (O Capital no Século XXI). O novo fenômeno está sendo contestado em suas teses e até criticado como mais um que não traz nada de novo.

Thomas não é nenhum adepto do comunismo de Karl Marx, mas não deu as costas ao seu legado. Tanto assim que o francês é um crítico ferrenho das desigualdades econômicas e sociais do capitalismo desenfreado. Para ele, o quadro tende a se agravar.

O economista contesta teses sobre a benevolência do capitalismo e prevê aumento das desigualdades nos países industrializados, com impactos sobre o sistema democrático. Seus estudos são baseados em séculos de estatísticas sobre o acúmulo de riqueza e o crescimento econômico nos países desenvolvidos.

Para o economista que estudou na École Normale Supérieure e lecionou nos Estados Unidos, a desigualdade extrema ameaça as instituições democráticas. No que diz respeito às políticas públicas, defende uma taxação global progressiva sobre a riqueza real, com resultados decorrentes não entregues a governos ineficientes, mas redistribuídos para os de baixo poder aquisitivo.